JOGOS PAN-AMERICANOS: Jovem seleção brasileira é medalha de prata em Toronto

A jovem seleção brasileira masculina de vôlei presente nos Jogos Pan-Americanos de Toronto encerrou a participação no Canadá com a medalha de prata. Sem poder contar com os principais nomes da modalidade, que estavam na disputa da Fase Final da Liga Mundial, o Brasil venceu os quatro primeiros jogos e foi superado apenas na final, somente no tie break. Neste domingo (26.07), na final, a Argentina venceu por 3 sets a 2, com parciais de 25/23, 18/25, 19/25, 25/23 e 15/8, em 2h15 de partida.

O oposto Renan foi um dos principais destaques do Brasil ao longo dos Jogos Pan-Americanos. Neste domingo, o atacante foi o maior pontuador da partida, com 28 acertos. Pela Argentina, o ponteiro Conte marcou 23.

Consciente do objetivo que a seleção brasileira tinha desde o início do Pan, o técnico Rubinho destacou o aprendizado obtido nesta final. O treinador ainda avaliou o desempenho da equipe nesta partida decisiva.

"O jogo foi bom. Da metade do quarto set para frente, falhamos bastante e não conseguimos nos reorganizar e fazer o que estava sendo feito de forma positiva. Eles fizeram algumas trocas positivas, que surtiram efeitos, e cresceram pela experiência do time. Nós estamos falando de um time que, daqui a dois meses, vai disputar uma vaga para os Jogos Olímpicos, e de outra que talvez alguns sejam chamados para fazer parte da equipe principal. A diferença é gritante nesses aspecto", explicou Rubinho.

O resultado negativo, segundo o treinador, é válido para o desenvolvimento dos jovens atletas. "Nós conseguimos dominar o adversário até certo ponto e o técnico argentino teve que fazer várias mudanças para conseguir o resultado. Mas, enfim, o objetivo dessa equipe também era passar por isso. Óbvio que estamos aqui para vencer sempre, mas esse é um jogo que ensina muito para os mais jovens", afirmou Rubinho.

O técnico da seleção brasileira no Pan destaca pontos positivos de toda a participação brasileira na competição. "Alguns estão aqui já visualizando a seleção principal e viveram, aqui, uma situação que é muito importante. Estar nessa final é muito positivo. Demos passos no desenvolvimento desses jogadores e isso é fundamental. Jogamos contra um grande time e é fato que, mesmo que de forma dolorosa, se aprende muito. É um aprendizado de onde vamos tirar várias pontos para melhorar o processo daqui para gente", concluiu Rubinho.

O líbero Tiago Brendle também falou sobre a atuação do Brasil nesta final. "Tivemos a oportunidade de fechar a partida no quarto set, não conseguimos e isso nos custou a partida. Não conseguimos aproveitar a oportunidade que apareceu (quando o Brasil chegou a ter a vantagem de 16/9 no quarto set), e agora temos que olhar para frente. Essa foi uma competição muito importante para a seleção", afirmou Brendle.

O JOGO

A Argentina começou melhor e fez 2/0. Contando com erros do Brasil, o adversário chegou a 6/2. Quando os argentinos fizeram mais um ponto, Rubinho pediu tempo. No ace de Renan, a vantagem adversária caiu para 8/5. Com Maurício Souza, o placar foi para 8/6. Ainda com o Brasil cometendo muitos erros, a Argentina fez 12/7. Otávio conseguiu bom bloqueio e o placar foi para 12/10. A vantagem se manteve em dois (15/13) e, depois, aumentou para quatro (18/14). Quando o placar apontou 19/14, Rubinho parou o jogo. A vantagem caiu para 20/17. Em boa passagem de Maurício Souza pelo saque, o placar foi para 21/19. No final, o Brasil encostou em 24/23, mas a Argentina fechou em 25/23.

Com o oposto Renan marcando os dois primeiros pontos para o Brasil, 2/1 no começo do segundo set. A seleção brasileira chegou a 4/2. Renan seguiu com bom aproveitamento e a equipe verde e amarela fez 6/4. Agressivo no saque, o time da Argentina assumiu o comando do placar em 8/7. O jogo ganhou ainda mais equilíbrio e, com Renan, 10/10. No ponto de saque de Otávio, 14/13 para a seleção brasileira. Um de vantagem ainda em 17/16. Com boa atuação de Renan, 19/16. Contando com erros dos argentinos, Brasil abriu quatro pontos (20/16). No bloqueio de Douglas, 22/17. No final, com Maurício Borges, 25/18.

O ponteiro Douglas abriu o placar do terceiro set e, com bloqueio, fez 2/0. O terceiro do Brasil também foi de Douglas (3/1). Com o Renan pontuando bem, a seleção verde e amarela chegou a 11/7 e a Argentina pediu tempo. Eficiente no bloqueio, o Brasil fez 13/7. Com o central Otávio, a equipe brasileira chegou a sete pontos de vantagem: 16/9. O time dirigido pelo técnico Rubinho seguiu bem, no comando do marcador (18/12). Quando os brasileiros fizeram 23/16, a Argentina pediu tempo. Mais uma vez com Maurício Borges, o Brasil fechou o set em 25/19.

A Argentina abriu o quarto set com ponto de saque de Conte. No ace de Douglas, o Brasil assumiu o comando do placar em 5/4. Com dois pontos seguidos do central Maurício, a equipe verde e amarela abriu cinco de vantagem: 10/5. A seleção brasileira seguiu no domínio da parcial (13/9). A Argentina aproximou no placar em 13/11, mas os jogadores do Brasil não permitiram a reação adversária e fizeram 15/12. O jogo ganhou emoção no empate em 17/17. O oposto Renan colocou o Brasil com um de vantagem em 19/18. O argentino Conte deixou tudo igual em 20/20. Novo empate em 22/22. Com Douglas, o Brasil fez 23/22, mas a Argentina virou em 24/23 e fechou em 25/23.

Os argentinos abriram o set decisivo e ainda fizeram 3/0. Neste momento, Rubinho pediu tempo. A Argentina fez 4/2. A vantagem ainda foi para 6/2. O Brasil se recuperou e fez 6/4. Na troca de quadra, os argentinos venciam por 8/5. Quando o adversário chegou a 10/6, o técnico do Brasil pediu tempo. Mas os argentinos não deram chances aos brasileiros no tie break e fecharam em 15/8.

BRASIL - Murilo, Renan, Maurício Souza, Otávio, Douglas e Maurício Borges. Líbero - Tiago Brendle

Entraram - Rafael Araújo, Thiaguinho, João Rafael

Técnico: Rubinho

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