Em Maringá, Plano de Mobilidade Urbana prevê 153 ações até 2033



 Foram mais de dois anos de muito trabalho, audiências, reuniões e oficinas para concluir o primeiro Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) de Maringá. O documento prevê 153 ações divididas em sete eixos: pedestre, bicicleta, transporte de passageiros, logística, espaço e circulação, gestão, segurança e educação. O Plano relaciona a complexidade, importância e urgência das ações num curto, médio e longo prazo, até o ano de 2033. 

 
A empresa Cidade Viva, vencedora da licitação, faz últimas alterações propostas na Conferência e entregará o PlanMob e a minuta da lei para a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob). O documento será encaminhado para o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial para adequações conforme o Plano Diretor e, em seguida, será enviado para votação na Câmara de Vereadores. “Temos uma avaliação bem positiva do PlanMob. A participação popular foi boa, com diferentes segmentos. Eles sugeriram poucas mudanças na lei, mas que foram importantes”, considera o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur.
 
O Plano prevê desde ações simples, como a proibição de conversão à esquerda em algumas vias, até as mais complexas, como a mudança estrutural em algumas regiões. Além da consolidação de infraestrutura para ciclistas, carros elétricos, integração modal, regularização de calçadas, expansão da área com restrição de circulação de caminhões, entre outros. 
 
As bicicletas e as ciclovias receberam atenção especial no PlanMob, no caderno “Políticas para Bicicleta em Maringá”. A gestão Ulisses Maia trabalha para ampliar a malha de ciclovias: atualmente são 43 km, com planejamento para chegar a 57 km até 2024. O Plano prevê triplicar a rota de ciclovias pela cidade, chegando a 150 km até a década de 2030.
 
O PlanMob aponta para um investimento de R$ 1,4 bilhão até 2033 e indica, inclusive, a origem dos recursos a serem investidos, seja da gestão municipal, de programas dos governos estadual e federal e outros meios.
 
FROTA DE VEÍCULOS - O documento mostra que Maringá tem qualidade de vida com padrão alto. E uma frota de veículos maior que a maioria das cidades. O que é um problema e faz com que a utilização do automóvel seja acima da média brasileira. 
 
Por isso, o PlanMob recomenda o incentivo aos modais não motorizados e ao transporte coletivo, cujo uso é abaixo da média do país e deveria ser maior. “Agora Maringá tem o grande desafio que é implantar o PlanMob. Foi um trabalho gratificante para nós porque Maringá tem características diferentes de outras cidades que já fizemos PlanMob”, explica o diretor da empresa mineira Cidade Viva, Ricardo Mendanha. 
 
• Clique aqui e confira o site do Plano de Mobilidade Urbana de Maringá.
(Texto: Andye Iore. Foto: Aldemir de Moraes/PMM)

Comentários