Brasileiro pode fazer história no Mundial de Atletismo



 A noite desta terça-feira pode ser histórica para o atletismo brasileiro. E isso passa pelos pés e pernas de um homem: Alison dos Santos, o mais rápido do mundo nos 400 metros com barreiras. 

Piu volta à pista no Mundial de Eugene, nos Estados Unidos, às 23h50 (horário de Brasília), para disputar a final da prova na qual ele é considerado o grande favorito a conquistar a medalha de ouro. 

Os números recentes comprovam o favoritismo do brasileiro. Ele venceu as cinco provas que disputou em 2022, sendo quatro delas na Diamond League. Atualmente, Alison é o líder do ranking da World Athletics com a marca de 46.80s, obtida em junho, na Suécia. 

A evolução de Alison dos Santos é nítida nesta temporada. Seu tempo vem melhorando gradativamente a cada competição que disputa. O objetivo é bater sua melhor marca, de 46.72s, que lhe rendeu a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. 

A primeira mostra no Mundial foi bem animadora. Piu venceu as eliminatórias e a semifinal sem fazer muito esforço, sobrando contra os adversários. 

"O primeiro tiro é para quebrar o gelo, para sentir como está, para falar entrei na competição, pode relaxar e focar no próximo tiro... Um passo de cada vez, não pode deixar subir para cabeça. Vim para ganhar medalha, mas para ganhar medalha tem de chegar à final. É respeitar cada etapa correndo rápido o suficiente para chegar onde a gente quer", disse ele.

Os principais adversários de Alison dos Santos na prova são os dois que o superaram em Tóquio: o norueguês Karsten Warholm, atual campeão olímpico e bicampeão mundial, e o americano Rai Benjamin. 

Os dois estão classificados para a final desta terça. Entretanto, ao contrário do brasileiro, eles vêm sofrendo com problemas físicos na temporada, sem repetir o ótimo desempenho de anos anteriores. 

O Brasil tem 13 medalhas em sua história no Mundial de Atletismo. A única de ouro foi conquistada por Fabiana Murer, no salto com vara, em 2011. O país ainda tem mais seis ouros e seis pratas. 

(Texto: COB. Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

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